A plateia já estava ansiosa esperando as grandiosas cortinas vermelhas
serem abertas no palco do majestoso teatro. Por trás delas, estavam
bailarinas e bailarinos apressados, dando os toque finais para as
maquiagens coloridas e brilhantes que iriam iluminar e esconder os olhos
cansados de tanto esforço.
Nas coxias e nos camarins estava tudo uma grande bagunça. Vozes, lágrimas, sorrisos e em todos o nervosismo. Por cima dos cadáveres ambulantes, estavam magnificos figurinos feitos pelas mãos da senhora costureira, exclusivamente para cada um. Cada detalhe, cada pedrinha colocada teria um impacto diferente na visão da plateia.
O que todos iriam ver naquela noite fria de Dezembro era apenas a parte final de uma série de treinos. Eles iriam ver o espetáculo e poucos se perguntariam como é que ele surgiu, como eles conseguiram dar as cinco piruetas e depois um salto, que podemos considerar como mortal.
Ninguém iria se lembrar dos calos nos pés das bailarinas, dos finais semana sacrificados, da fome que tinham que sentir para ficar em pele e osso e conseguirem ser carregadas pelos musculos de aço de um bailarino.
Os sorrisos fixos não eram sinceros, apenas uma parte do figurino que tinha que ser colocada por cada um. No palco, eles se transformavam. Era ali que eles sentiam que estavam vivos, que o esforço estava valendo a pena. Que apesar de ter que vender pizzas no semáforo para pagar os figurinos, de trabalhar 12 horas todos os dias, eles estavam brilhando e tendo um dia de glória.
Os corações pulsando forte, os olhos iluminados e por dentro um peito cheio de satisfação. Pela primeira vez no anos, eles estavam com orgulho de si mesmos e longe dos comentários, sempre críticos, da professora.
Os comentários críticos... Ou maldosos. Eles rendiam castigos corporais sacrificantes, sangue e dor. Lágrimas apenas nos mais fracos, a maioria as transformava em dor, horas depois, treinando e suando, mesmo após o termino da aula.
Eles estavam longe de casa faziam meses e os ensaios tomavam todo o tempo, então o telefonema sempre ficava para depois. Aquele dia, também seria um momento de reencontro. Mesmo da distância da poltrona até o palco, eles conseguiam enxergar quem amam e transformar o sorriso fixo em um cheio de alegria.
As cortinas se abriram. Música. Luz.
A partir dali, eles estavam brilhando.
Nas coxias e nos camarins estava tudo uma grande bagunça. Vozes, lágrimas, sorrisos e em todos o nervosismo. Por cima dos cadáveres ambulantes, estavam magnificos figurinos feitos pelas mãos da senhora costureira, exclusivamente para cada um. Cada detalhe, cada pedrinha colocada teria um impacto diferente na visão da plateia.
O que todos iriam ver naquela noite fria de Dezembro era apenas a parte final de uma série de treinos. Eles iriam ver o espetáculo e poucos se perguntariam como é que ele surgiu, como eles conseguiram dar as cinco piruetas e depois um salto, que podemos considerar como mortal.
Ninguém iria se lembrar dos calos nos pés das bailarinas, dos finais semana sacrificados, da fome que tinham que sentir para ficar em pele e osso e conseguirem ser carregadas pelos musculos de aço de um bailarino.
Os sorrisos fixos não eram sinceros, apenas uma parte do figurino que tinha que ser colocada por cada um. No palco, eles se transformavam. Era ali que eles sentiam que estavam vivos, que o esforço estava valendo a pena. Que apesar de ter que vender pizzas no semáforo para pagar os figurinos, de trabalhar 12 horas todos os dias, eles estavam brilhando e tendo um dia de glória.
Os corações pulsando forte, os olhos iluminados e por dentro um peito cheio de satisfação. Pela primeira vez no anos, eles estavam com orgulho de si mesmos e longe dos comentários, sempre críticos, da professora.
Os comentários críticos... Ou maldosos. Eles rendiam castigos corporais sacrificantes, sangue e dor. Lágrimas apenas nos mais fracos, a maioria as transformava em dor, horas depois, treinando e suando, mesmo após o termino da aula.
Eles estavam longe de casa faziam meses e os ensaios tomavam todo o tempo, então o telefonema sempre ficava para depois. Aquele dia, também seria um momento de reencontro. Mesmo da distância da poltrona até o palco, eles conseguiam enxergar quem amam e transformar o sorriso fixo em um cheio de alegria.
As cortinas se abriram. Música. Luz.
A partir dali, eles estavam brilhando.